sábado, 13 de setembro de 2008

O Lado Selvagem - II

Acabei de ler o livro "O Lado Selvagem" e a primeira coisa que fiz foi ir ao clube de video e alugar o filme com o mesmo nome.

Gostei do livro e gostei do filme... gostei mais do livro apesar de ser bem mais amante do cinema.
O filme ( do género biográfico) serviu também para visualizar alguns dos sítios por onde andou Christopher McCandless.

Por mais descritivo que seja o livro em relação a muitos dos locais nada como algumas imagens para podermos melhor perceber a dimensão da beleza de alguns dos locais, como é por exemplo o Alasca.
Mas como acontece com a maioria dos filmes adaptados de livros, o livro é melhor pois também foca muito o impacto que Christopher McCandless teve nas pessoas que foi conhecendo ao longo da viagem , a maneira como os marcou, como lhes influenciou a vida...
A história é acima de tudo a revolta de um jovem que farto de uma familia (em particular dos pais...) materialista, opressiva e envolta em muitas mentiras aliado à influência de muito do que lia resolveu fazer uma viagem (abandonou o carro, a sua própria identidade, doou o dinheiro que possuía) com um destino muito bem definido: o Alasca.

É uma história de coragem, resistência, em busca da felicidade e da liberdade.
Christopher McCandless procurou essa felicidade e essa liberdade na natureza mas foi essa mesma natureza que se mostrou impiedosa com ele.

São inúmeras as opiniões em relação à opção que tomou pois se muitos a consideraram corajosa, destemida e até mesmo "romântica" outros há que o criticaram pela ingenuidade do acto, por não ter pensado nas consequências da sua viagem visto não estar minimamente preparado para viver em situações adversas ou até mesmo por esquecer as pessoas que eram importantes para eles e pensar que podia viver sozinho, independente de tudo e de todos.

Li num site a seguinte pergunta:

Era Christopher McCandless um aventureiro heróico ou um idealista ingénuo, um Thoreau rebelde dos anos 90 ou mais um filho americano perdido, uma pessoa que tudo arriscava ou uma trágica figura que lutava com o precário balanço entre homem e Natureza?

Christopher McCandless

Este auto-retrato foi encontrado na máquina fotográfica junto do corpo de Christopher McCandless


Aconselho a todos o livro e a seguir o filme... é uma história verídica e acima de tudo um experiência marcante para quem lê e conhece assim a história de um jovem que se tornou um símbolo para muitas pessoas.

Termino este post com uma das últimas frases do filme e talvez a última frase que Christopher escreveu:

"A felicidade só é real quando partilhada"

3 comentários:

Kat disse...

Eu também vi o filme e fiquei a pensar seriamente na sua obssessão pelo Alasca.
Deixou, pelo caminho, muitas amizades e optou sempre por seguir o seu coração até ao Alasca.
Uma coisa é certa, foi sempre, até ao fim, coerente com as suas ideias e filosofia de vida. Isso custo-lhe a vida, mas foi feliz e principalmente foi livre, totalmente livre, em comunhão quase perfeita com a natureza. digo quase, porque foi precisamente a natureza e as condições duríssimas do lugar inóspito que escolheu, que o levaram à morte.

Anônimo disse...

Cara Kat
Por falar em filmes, vi-a de relance na TV no passado Sábado. Queria-lhe confidenciar que para Cat, achei que estava bem apessoada.

Vera disse...

Peninha, vimos ontem o filme. Ao serão. Impressionou-me a força. Impressionou-me a capacidade de estar só, a quase obssessão pela solidão. Não sei se foi feliz. Não me parece que tenha sido. Conseguiu provar a ele próprio que era capaz de viver sem nenhuma das coisas que sempre tinham feito parte da sua vida, mas não acho que tenha sido Feliz...impressionou-me, muito.