sexta-feira, 7 de agosto de 2009

O Mistério da Estaca - 3º Episódio (1ª Temporada)

Na manhã seguinte, os primeiros a despertar foram o Sandoval e o Oscar. Estes depois de um belo prato de Nestum com Mel bem consistente, daqueles que colam as paredes do estômago uma à outra, partiram em busca de pistas.
Um dos suspeitos, o guarda do parque, arrastava com grande dificuldade uma perna de pau servindo-se para isso do auxílio do seu cajado que não era mais do que o fémur do antigo guarda do parque.
Este sujo e imundo velho era quase cego e para se deslocar e orientar servia-se do seu cão Petrulho que por sua vez era coxo e surdo que nem uma bota da tropa.
Ao fim de duas horas, regressaram com algumas notícias.
Sandoval contou aos companheiros que não tinha sido o velho do parque a cometer aquele horroroso crime pois na altura do acto selvagem o guarda do parque teria sofrido uma queda e no hospital foi obrigado a amputar o seu braço direito que por azar era o único que estava bom pois o braço esquerdo já só era constituído por um couto com apenas 2 dedos... tinha perdido os restantes na guerra colonial!!!

A queda tinha sido provocada pelo seu cão Petrulho que ao “cheirar” a passagem de uma bela cadela Golden Retrivier Lavrador, tentou correr para a apanhar mas sendo coxo logo caiu e com o puxão enviou o seu dono por uma escadaria abaixo que fazia corar de inveja a escadaria do Santuário do Bom Jesus de Braga, tal a dimensão da mesma.

Com isto debruçaram-se sobre a suspeita em relação aos grupo de turistas franceses.

O dia já ia longo e quente e estava na hora de uma bela banhoca e alguns mergulhos na piscina do Parque... talvez piscina não seja o termo apropriado para um tanque com 6 metros de comprimento e 3 de largura , repleto de famílias inteiras ávidas de tomar...banho!!!


Nessa noite finalmente tiveram um jantar “gourmet”! Se nas noites anteriores qualquer sandocha apenas com manteiga e uma lata de spur-cola comprada no mini-preço, fazia as delícias de estômagos quase desertos, nessa noite a salsicha, a latinha de sardinha e a fatia de pão de forma caiu que nem ginjas!!!

Estes primeiros dias tinham sido movimentados e nesse noite deitaram-se mais cedo. Se Bataclan e Sandoval já partiam choco, Higino e Oscar ficaram acordados cantando (grunhindo...) lindas melodias. Estes “uivos” soltados pelas gargantas afinadas dos nossos amigos não encantaram todos os campistas e em pouco tempo tinham duas francesas a reclamar o que estava a acontecer... a barreira da língua imperou e parecia uma discussão de surdos/mudos.

Higino e Oscar não percebiam aquela língua estranha e aquelas duas raparigas deslumbrantes, mais feias que um travão ou que a parte de trás de um eléctrico, estavam cada vez mais possuídas.
Num acto irresponsável e desesperado, Higino pegou num dos ténis e arremessou o mesmo às 2 jovens com o intuito de as afastar e de mostrar por linguagem gestual que não estavam a perceber nada do que diziam. O aroma que saía da sapatilha era intenso e ao fazer uma tangente ao nariz (...uma verdadeira pencadinossaurica que dava para fumar beatas à chuva) de uma das francesas esta nem deu conta do sucedido tento caído atordoada no chão, inanimada com a suave "fragância".


Com o movimento brusco de mandar a sapatilha e ao levantar o braço, Higino deixou o sovaco a descoberto de onde saiu uma brisa muito intensa que deixou a outra rapariga quase amarela, numa verdadeira overdose axilar!!!

Após alguns minutos desta verdadeira guerra química, ambas as raparigas afastaram-se a cambalear pelo parque e assim Higino e Oscar puderam continuar a divulgar o seu reportório musical durante mais uns minutos para mais tarde começarem a partir choco...

To be Continued

2 comentários:

Cláudia Correia disse...

Xiiiiii....esta história é buéda velha!!!!!! Ainda tens isto guardado???

Peninha disse...

Olá Mana... é verdade, ainda tenho esta história guardada!!!
Foi escrita em Agosto de 1989, ou seja, à 20 anos atrás!!
Resolvi publicar a história no blogue (em capítulos) por ter passado esses tais 20 anos, apesar de ser um pouco banal e meio aparvalhada mas foi escrita quando tinha 16 anos e por isso não se podia esperar outra coisa...lol!!
Quem sabe um dia destes não escrevo finalmente algo importante!!!
Bjs