segunda-feira, 9 de março de 2009

Homem na Escuridão


E se a América não estivesse em guerra com o Iraque mas consigo
própria? Nesta América, as Torres Gémeas não caíram e as eleições presidenciais
de 2000 conduziram à secessão, com estado após estado a abandonar a união e uma
sangrenta guerra civil a instalar-se. Este mundo paralelo é criado pela mente e
coração perturbados de August Brill, um crítico literário vítima de insónias.
Com 72 anos, Brill está a recuperar de um acidente de viação em casa da filha,
no Vermont e, para afastar recordações que preferia esquecer – a morte da mulher
e o violento assassinato do namorado da neta –, conta histórias a si próprio.
Gradualmente, o que Brill tenta desesperadamente impedir insiste em ser contado.
Com a neta a juntar-se-lhe de madrugada, ele arranja finalmente coragem para
revisitar os seus piores dramas.
Chocante e apaixonante, Homem na Escuridão
é o exemplar romance do nosso tempo, um livro que nos obriga a confrontar a
escuridão da noite, celebrando a existência das pequenas alegrias do dia-a-dia
num mundo capaz da mais grotesca violência.

Nunca tinha lido nada deste autor, mas já tinha conversado com amigos sobre a sua escrita e os temas abordados. Gostei do livro muito embora tivesse "perdido algures o fio à meada". O livro tem passagens chocantes com relatos realistas de violência mas as passagens relativas aos diálogos entre Brill e a neta, que também tem insónias, relacionadas com os filmes em série que eles veêm noite dentro, são apaixonantes.

Kat

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