Ao receber um email do qual fiz "reply to sender", respondendo prontamente, cometi um erro, ou não!
Tão prontamente foi a minha resposta que às páginas tantas escrevi, "(...) já à muito tempo (...)".
Sem misericórdia, o destinatário devolve-me o email observando o meu erro e repreendendo-me de tão insano acto (brevemente ato).
Espantada com tal desaire pensei se afinal, à luz do novo acordo ortográfico, não estaria certa a minha opção involuntária.
Convoquei uma reunião com carácter de urgência junto dos Oráculos da Sabedoria Linguística cá do sítio. Argumentava eu perante os outros amigos que, se o Acordo prevê a queda dos "h's" mudos e surdos, que afinal não servem para nada, no início das palavras, poderei então escrever o que escrevi e considerar correcto?
Fez-se silêncio que aliás é coisa que não existe nestas nossas tertúlias.
Ficámos abesbílicos com tal dilema! Aliás, estamos nesse estado latente desde a ratificação do Acordo.
Perante esta situação é então legítimo perguntar:
o A, do verbo Aver, tem acento grave, agudo, ou nenhum?
Eu pessoalmente acho que, se o H do verbo Haver cair, passarei a escrever o Há sem H e com o acento grave.
Senão vejamos:
Haver evolui para Aver
Há evolui para Á - que não existe nem com o novo acordo, julgo eu, logo evolui para À, certo?
Fica aqui o primeiro desafio da aplicação prática do tal acordo que poucos entendem mas que muitos defendem!
Kat
2 comentários:
Gostava de acreditar que este (Des)Acordo não irá p'ra frente.
Não é que eu seja "purista", mas causa-me alguma confusão ao espírito, ao lápis e ao teclado, ter que escrever palavras de maneira tão diferente daquela a que fui ensinada a considerar correcta (ou correta?). Quando olho para as palavras vítimas do (Des)Acordo fico com pena delas, porque também elas têm emoções e devem estar a sentir-se muito maltratadas...
Não gosto! Pronto!
Fico tão contente em saber que o meu "Abesbilico" ficou ...e mais usa-se e tudo!
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