quinta-feira, 15 de maio de 2008

Acordo Ortográfico?? Impossível!!

Para os Puristas da Língua Portuguesa:

Uma breve previsão da Versão do Capuchinho Vermelho pós Acordo Ortográfico.



Tás a ver uma dama com um gorro vermelho? Yah, essa cena!

A pita foi obrigada pela kota dela a ir à toca da velha levar umas cenas, pq a velha tava a bater mal, tázaver?

E então disse-lhe:- Ouve, nem te passes! Népia dessa cena de ires pelo refundido das árvores, que salta-te um meco marado dos cornos para a frente e depois tenho a bófia à cola!

Pá, a pita enfia a carapuça e vai na descontra pela estrada, mas a toca da velha era bué longe, e a pita lixou-se na cena da kota dela e enfiou-se pelo bosque.

Népia de mitra, na boa e tal, curtindo o som do iPod...

É então que, ouve lá, salta um baita dog marado, todo chinado e bué ugly mêmo, que vira-se pa ela e grita:- Yoo, tá td? Dd tc?

- Tásse... do gueto alí! E tu... tásse? - disse a pita-
-Yah! E atão, q se faz?
- Seca, man! Vou levar o pacote à velha que mora ao fundo da track, que tá kuma moka do camano!
- Marado, marado!... Bute ripar uma até lá?
- Epá, má onda, tázaver? A minha cota não curte dessas cenas e põe-me de pildra se me cata...
- Dasse, a cota não tá aqui, dama! Bute ripar até à casa da tua velha, até te dou avanço, só naquela da curtição. Sem guita ao barulho nem nada.
- Yah prontes, na boa. Vais levar um baile katéte passas!!!


E lá riparam. Só que o dog enfiou-se por um short no meio do mato e chegou à toca da velha na maior, com bué avanço, tázaver?

Manda um toque na porta, a velha “quem é e o camano” e ele “ah e tal, e não sei quê, que eu sou a pita do gorro vermelho, e na na na...”
A velha abre a porta e PIMBA, o dog papa-a toda...
Mas papa mesmo, abre a bocarra e o camano e até chuchou os dedos...

O mano chega, vai ao móvel da velha, saca uma shirt assim mêmo à velha que a meca tinha lá, mete uns glasses na tromba e enfia-se no VL... o gajo tava bué abichanado mêmo, mas a larica era muita e a pita era à maneira, tásaver?


A pita chega, e tal, e malha na porta da velha.

- Basa aí cá pa dentro! - grita o dog.
- Yo velhita, tásse?- Tásse e tal, cuma moca do camâno... mas na boa...
- Toma esta cena, pa te encheres toda aí...
- Bacano, pa ver se trato esta cena.
- Pá, mica uma cena: pa ké esses baita olhos, man?
- Pá, pa micar melhor a cena, tázaver?
- Yah, yah... E os abanos, bué da bigs, pa ke é?
- Pá, pa poder controlar melhor a cena à volta, tázaver?
- Yah, bacano... e essa cremalheira toda janada e bué big? Pa que é a cena?
- É PA CHINAR ESSE CORPINHO TODO!!! GRRRRRRRR!!!!

E o dog manda-se à pita, naquela mêmo de a engolir, né?
Só que a pita dá-lhe à brava na capoeira e saca um back-kick mesmo directo aos amendoins do man e basa porta fora!
Vai pela rua aos berros e tal, o dog vem atrás e dá-lhe um ganda-baite, pimba, mêmo nas nalgas, e quando vai pa engolir a gaja, aparece um meco daqueles que corta as cenas cum serrote, saca de machado e afinfa-lhe mêmo nos cremalheira.



O dog kinou logo alí... o mano china a belly do dog e saca de lá a velha toda cheia da nhanha.


Ina man, a malta a gregoriar-se toda!!!

E prontes, já tá...

3 comentários:

Peninha disse...

Mé kié?
Ca cena marada de post minha...
Mas tou a kurtir esta versão kitada da dama com boné encarnado!!!
Cum camano de história esta...tou com a cremalheira já toda minada e janada...tou mesmo a flipar assim de uma maneira para as quais não tenho resposta dentro deste novo acordo Ortográfico, tázaver?

Vera disse...

Ahahahaha!
Amei este post!

Kat disse...

Ri-me à gargalhada e tive alguma dificuldade em articular as palavras e expressões desta versão maravilhosa do "garroço avermelhado"!

A experiência passa para outro plano, completamente alucinado, se lerem em voz alta e com alguma entoação, própria das histórias (ou istórias).

Experimentem! Aviso que é bem melhor que fazer 100 abdominais no ginásio.

Kat