segunda-feira, 29 de dezembro de 2008

Modelismo

Desde que me conheço que me lembro de crescer entre catamarans, planadores, carros, aviões, veleiros, tudo o que pudesse ser telecomandado.... o cheiro a fibra de vidro, a fibra de carbono, a resina epoxy ou álcool metilico também fez parte de alguns dos meus dias quando atarefadamente o meu pai preparava os moldes para futuros cascos de novos barcos ou estrutura de aviões.
By Peninha, 29.12.2008

Mas como diz o ditado "em casa de ferreiro espeto de pau" e por alguma razão que desconheço nunca fui um seguidor desse hobbie com que ainda hoje o meu pai preenche horas e horas do seu tempo livre.


By Peninha, 29.12.2008


Hoje em dia está mais ligado ao seu veleiro que todos os Domingos lança na água sonhando um dia ter um só seu mas na escala acertada.

O mais próximo que cheguei do modelismo eram os inúmeros aviões que fiz com os paus de gelado que muitas vezes apanhava na praia...

By Peninha, 29.12.2008


Já a alguns anos que o meu pai deixou de fabricar estes modelos e dedicou-se à construção de pequenos modelos de embarcações que por alguma razão fazem parte da história, seja o mais simples cacilheiro ao mais majestoso Veleiro passando pela "nossa" Caravela.

São horas e horas de trabalho de muita minúcia, dedicação, concentração e acima de tudo muita arte, sim, posso dizer que o meu pai é um artista.

Não poucas vezes se desloca ao Museu da Marinha, tira cópias de um modelo de um barco e do nada constrói o barco, peça por peça, pedaço de madeira por pedaço de madeira... até as velas são feitas por ele ou não tivesse sido ele aprendiz de alfaiate.


By Peninha, 29.12.2008


Hoje dou mais atenção ao trabalho dele, a esse hobbie que muitas vezes não é mais que um refúgio para as dificuldades da vida e um anti-stressante de enorme eficácia.

Peguei na minha máquina e no meu telemóvel e fotografei alguns dos barcos que enchem móveis e prateleiras de sua casa... alguns deles vi nascer desde o casco à colocação do último estai e palavras como amuras, prôa, balaustrada, escotilha, patilhão, bujarrona, esticador são descrições que nunca me saíram da cabeça.



By Peninha, 29.12.2008

Um comentário:

Cláudia Correia disse...

...não esquecendo os "piiiissss" e outros como "piiiissss" e ainda os "piissssss" que sairam do paizinho aquando da construção destas maravilhas. Refiro-me pois ao belo palavreado usado mtas vezes...sim...porque aqui a mana teve que segurar muitas cordas (ai raios, não é cordas que se diz, mas cabos...o homem mata-me!!), empurrar mta cola, endireitar umas tábuas...enfim, ajudar o comandante:-) belos tempos!