domingo, 13 de julho de 2008

O Carteirista que fugiu a tempo

Um dia destes em conversa de fim de noite comentava com a Kat que me apetecia ler algo mas não sabia bem o quê...
Não sou dos que leio qualquer coisa, assumo, gosto acima de tudo de algo que me cative, que me alegre, que me apaixone, que tenha algo que me agarre à história seja ela qual for... tal como tudo o que faço na vida!
Reconhecendo na Kat alguém a quem se pode pedir um conselho sobre o que devemos ler, lancei-lhe o desafio de me escolher um livro para ler, tal como lhe disse, algo que tivesse a minha cara!!!
Não... não escolheu nenhum panfleto do Zoo... :-)
Aceitou o desafio e emprestou-me dois livros para ler mas agora só vos vou falar de um deles...
Comecei a ler o livro na sexta à noite e hoje, Domingo, já o terminei... bom sinal, não acham?
O livro que vos falo é "O Carteirista que fugiu a tempo" de Francisco Moita Flores.
A história anda á volta de uma personagem chamada "Fred Astaire", um carteirista que viu a sua profissão entrar em declínio com a chegada das caixas Multibanco pois assim os seus "clientes" passaram a andar de carteira cada vez mais vazias (como eu...).
Entretanto juntou-se a um grupo de vigaristas que tal como ele tentavam sobreviver através do conto do vigário... só lhe faltava Inês a seu lado!
A história é gira, faz-nos rir, mostra-nos um lado da sociedade que não conhecemos e é ultilizada uma linguagem tão característica desse mundo que não fere a susceptibilidade de quem lê, pelo menos falo por mim...
Não conseguimos ficar indiferentes a personagens como a Gabriela, o Doses, o Porcalhão, o Messias ou o próprio Fred Astaire, ou a expressões como "...comeste a estália a um abade.", "gamar a chata a um bófia" ou este espectacular diálogo:
- Como é que tens a certeza de que Nossa Senhora de Fátima existe?
- Porra pá! Tu vais dizer-me que vão milhões de pessoas a Fátima ver uma coisa que não existe?
- Não sei, pá. Nao sei.
- Existe. Deus talvez não exista. Mas a Senhora? Até falou com os três manos que andavam numa de pastar gado. Claro que existe.
Gostei do livro, gostei da história, estava sempre ansioso para saber em que alhada se iam meter a seguir e como se iam safar
Apesar de este livro não ser o Nóbel da literatura é a minha cara...
Obrigado Kat!

Um comentário:

Kat disse...

Ainda bem que gostaste.
Lembro-me de ter gostado também quando o li há já alguns anitos. Tirando uma personagem que me fez alguma "confusão", o Francisco Moita Flores, inventou toda esta história divertida com personagens e diálogos engraçadíssimos.

Kat