sexta-feira, 1 de agosto de 2008

Caminho de Santiago de Compostela

"O apóstolo Tiago, o Jacobo, ou o maior, Santiago, Saint Jacques em francês, Saint James em inglês, em hebraico Yacob (Jacó), após a crucificação de Jesus, pregou o evangelho na Galícia, região que aprendeu logo a amar.De regresso a Jerusalém, foi decapitado pelo Rei Herodes, e seus restos mortais, segundo a lenda, foi levado de volta à Espanha em um barco de pedra, transportado por anjos numa viagem que durou 7 dias e foi enterrado na Galícia. Em princípios do milênio atual, continua a lenda, um camponês chamado Pelayo, guiado por muitas estrelas, encontrou em um grande campo, a sepultura do apóstolo.A notícia correu mundo, lançando uma legião de cristãos a peregrinar até Santiago de Compostela, cidade que se formou na região.A palavra Compostela, provém de campo de estrelas, ainda segundo a lenda.Desde então, multidões de peregrinos anônimos vêm percorrendo este caminho mágico, o único no mundo que não se formou por motivos comerciais. Vários daqueles que deixaram o nome na história, como Carlos Magno, El Cid, São Francisco de Assis, Fernão de Aragão e Isabel de Castela, também percorreram o caminho. "
in http://www.caminhodesantiago.com/

O Caminho de Santi
ago entrou na história, quando os restos mortais de Santiago foram encontrados na região onde hoje é a cidade de Santiago de Compostela. O Caminho de Santiago teve o seu apogeu nos séculos XI e XII, mas nas últimas décadas voltou a ganhar importância, sendo convertido num itinerário espiritual e cultural de primeira ordem.Existem várias rotas, já delineadas desde a Idade Média:


Apenas os Caminhos Inglês, Francês e Português chegam a Santiago de Compostela.
Os demais juntam-se a estes três durante o percurso.


Para ser considerado um peregrino tradicional, é necessário percorrer, no mínimo, 300 km de bicicleta, ou 100km a pé ou a cavalo. A Credencial do Peregrino é um documento indispensável e exclusivo dos peregrinos. Este documento permite o acesso aos albergues existentes em toda a rota.
Estes albergues são refúgios, bastante simples, limpos e cuidados por voluntários ou peregrinos. O pagamento não é obrigatório e normalmente deixa-se um donativo para a sua manutenção. Os Albergues disponibilizam um número limitado de camas em beliche, geralmente apenas com colchão e sem cobertor, dispostas em camaratas e ainda instalações sanitárias e balneários. Geralmente têm também uma sala de convívio e podem ter ou não instalações rudimentares para preparação de uma refeição ligeira.
A Credencial do Peregrino é um documento que nos identifica como Peregrino ao longo de todo o percurso até a chegada a Santiago.
Durante a caminhada, vamos pedindo os carimbos dos Albergues/Refúgios, Igrejas, Polícia, entidades administrativas ou estabelecimentos comerciais que comprovem a nossa passagem. A apresentação deste documento nos Albergues onde se pretende pernoitar é condição fundamental para sermos recebidos.

A sinalização original do Caminho de Santiago é efectuada de forma simples utilizando setas amarelas pintadas em muros, paredes, pavimentos, árvores, postes e em todos os locais onde possam ocorrer dúvidas, particularmente nos cruzamentos e bifurcações.

Estas setas foram depois substituídas por marcos de pedra com a distância quilométrica à Catedral de Santiago, incluindo um azulejo azul com uma vieira amarela posicionada de acordo com o sentido da marcha ou, noutros casos, apenas o mesmo azulejo colado em paredes e muros.

Os caminhos estão por toda a Europa e encontram-se com os caminhos franceses, que posteriormente se ligam aos espanhóis, excepto o Caminho Português, que tem origem no sul de Portugal.
A rota mais famosa e conhecida é a do Caminho Francês, que se dirige a Santiago atravessando o norte da Espanha.

O Caminho de Santiago representa a procura do conhecimento e do amadurecimento.

É pura descoberta. É aprender a ouvir, é aprender a olhar e ver.






6 comentários:

Vera disse...

Post útil, culto e inteligente, como sempre!

Anônimo disse...

A minha irmã, que tem perto de 60 anos, fez este caminho no ano passado, organizado por uma Instituição da Foz do Douro. Era apenas aos sábados e caminhavam do lugar onde tinham parado a última vez. Também teve direito a diploma de caminheiro. E eu fiz um trabalho sobre isto para uma cadeira chamada Produtos e Destinos Turísticos.

Anônimo disse...

o último post era da Belita :-)

Kat disse...

Olá Belita e vekiki,
o ano passado fiz o caminho português partindo de Valença, mas fizémos um "pequeno desvio" para assistirmos à Festa do Alvarinho, em Monção, por razão óbvias! ;)

Em 2000, fiz o caminho francês partindo de Burgos e encontrámos à semelhança da tua irmã, Belita, um senhor de sessenta e tal anos que vinha sozinho de bicicleta desde Dusseldorf, imaginem!

Este é um caminho de descoberta de nós próprios e dos outros, um caminho de fé para alguns e apenas mais uma rota de lazer, para outros. Seja de uma forma ou de outra, uma coisa posso garantir, quando chegamos à Catedral de Santiago de Compostela, somos uma pessoa diferente.

Ultreia!
(É uma palavra de origem espanhola que significa: ir mais adiante, caminhar mais além com entusiasmo)

Experimentem!

Kat

Vera disse...

Agora já vi as fotografias com atenção. É lindo, realmente!
Desculpa não ter notado sozinha...mas hoje de manhã não estava mtº OK.
Bjs

Peninha disse...

Não conheço o sitio mas depois deste post fica como um objectivo a concretizar!!!
Gosto desse tipo de passeios, não porque seja o protótipo de uma pessoa que liga muito a questões religiosas (tb tenho a minha fé...) mas acima de tudo porque gosto deste tipo de aventura, do campo e de explorar coisas novas.