Primeiro, a beleza pura trespassando o céu de Verão, esse receio respeitoso que se apodera do coração, sentirmo-nos tão ridículos mesmo no centro do sublime, tão frágeis e tão cheios da majestade das coisas, siderados, apanhados de surpresa, encantados com a munificência do mundo.Em seguida percorrer um corredor, de repente, entrar num quarto cheio de luz. Outra dimensão, certezas acabadas de nascer. O corpo deixa de ser uma ganga, o espírito mora nas nuvens, tem o poder da chuva, anunciam-se dias felizes, num novo nascimento.Depois, como as lágrimas, quando são redondas, fortes e solidárias, deixam por vezes atrás delas uma longa praia limpa de discórdias, a chuva, no Verão, varrendo a poeira imóvel, provoca na alma dos seres como que um alento sem fim.É assim que certas chuvas de Verão se enraízam em nós como um coração novo que bate em uníssono com o outro.A Elegância do Ouriço - Muriel BarberySe não é isto anda muito perto ...Kat
sexta-feira, 3 de julho de 2009
Sabem o que é uma chuva de Verão?
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3 comentários:
Ufff!!
Bela definição.
Nem quero pensar o que seria fazer o mesmo durante a apresentação de um boletim meteorológico!!!
Mas acho que agora quando chover no verão vou ver este fenómeno atmosférico de uma outra forma.
Bjs
Lindo. Já está encomendado!
Preciso de leituras inspiradoras para os meses de Verão.
Tenho saudades de ir a Lisboa ;)
Talvez vá hoje...
Beijos
Estou comentando só pra mostrar que passei por aqui. Procurei pelo livro do menino e o cvalo porque tenho um irmão autista de 10 anos e vim parar aqui... tá gostando do livro? Depois,s e quiser, passa no meu blog.
Adorei o seu! Beijos!
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