Claustrofobia Global

Este Blog cheira a saudade ...

... a saudade que eu já tinha da minha alegre casinha , lá,lá,lá ...

Então jovens que vem a ser isto!
É os cinco (que agora devem ser uns catorze ou dezoito com as mulheres, maridos e filhos!), é o MEC, é a geração dos "verdes" (que inicialmente eram verdes, agora é que são azuis!), é os berlindes e a macaca (os berlindes por questões de segurança saíram do mercado e a macaca por questões de defesa dos animais foi para o seu habitat natural), só cá falta a Heidi e o Marco, a história dos 3 porquinhos e as bombocas - por cima chocolate, por baixo bolachinha por dentro, coisa branca ... tão fofinha!
Estão cristalizados no passado ou o avanço tecnológico é demais para vocês?
Sim, concordo que a cena do spectrum era muito boa para a altura, mas agora, amigos!! Por favor, quem é que tem paciência para estar a ouvir os “titti ritiiti” da fita, ou anos à espera que a coisa arranque sem ter a certeza se arrancava mesmo? Ninguém!
Está bem, a elektra tem razão, eu gostava muito das cenas dessa altura mas gosto muito mais das de agora (é tudo muito mais! Mais rápido, mais evoluído, mais envolvente, mais interactivo, mais isto e mais aquilo...é por demais!)
Pois bem amigos, eu também tenho saudades de algumas coisas mas o que tenho mesmo, mesmo, mesmo mais saudades, é da RUA. Da nossa RUA.
Isso sim, a Rua era onde tudo acontecia. Onde brincávamos, onde amuávamos, onde namorar era uma coisa linda. O primeiro beijo!
O primeiro beijo tinha o encanto da inocência.
Não havia novelas para adolescentes a essas horas porque nós estávamos TODOS na RUA!!
Isso sim, era qualidade de vida. Para nós e para os nossos pais, porque chegávamos a casa, eles iam tratar da “janta” e nós, rua com eles. Quando tudo estava preparado chegavam à janela ou à varanda e, sem stress, nos chamavam para jantar. Os nossos pais conheciam os nossos amigos todos, mas conheciam mesmo! Agora mal se conhecem os pais quanto mais os filhos. Os pais encontram-se nas reuniões e na secretaria do colégio e se calham a falar entre eles, até os filhos trocam (Ah o seu filho é o lourinho ... tem óculos e é reguila .. arrgg, ah não é .. pois, pois ... já sei é o outro mais moreno...)
Hoje as crianças não têm direito a brincar na RUA. Nem os cães vão sozinhos à rua! Nem esses desgraçados animais têm direito à sua privacidade nas actividades mais intimas. Nem namoradas podem conhecer a não ser quando se cruzam na escada com a cadelita da vizinha do 3º Dt. (bem feiinha por sinal).
Pois é Amigos vamos reclamar o direito À RUA. Queremos a RUA de volta! Que tal avançar com um programa “Rua Segura” à semelhança do “Escola Segura”.
Rua, todos para a Rua.

Pelos menos já somos cinco.